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Consumo elevado, mas responsável: como a sustentabilidade vem ditando o e-commerce

Duas mudanças relativamente recentes no perfil do consumidor médio podem ser observadas com mais frequência a partir deste ano, de 2023. O uso de e-commerce, que deu um boom na pandemia, se provou um hábito duradouro. Não é porque pudemos voltar à rotina que abandonamos a facilidade de comprar online. Amazon que o diga! O outro é a preocupação com sustentabilidade.

Depois de algumas décadas ouvindo sobre responsabilidade ambiental e sobre como temos papel definitivo nesta prática, nós, consumidores, ficamos mais atentos e passamos a exigir um comportamento de acordo às empresas de quem consumimos bens e serviços.

Assim, reduzir efeitos negativos ao planeta se tornou parte da missão de toda corporação. Para que isso agregue valor às marcas, a prestação de contas e a comunicação também são fundamentais e o meio digital é o que mais favorece essa dinâmica.

Diminuir o uso de materiais danosos ao meio-ambiente, reciclar e reaproveitar, otimizar logística e entregas para reduzir a emissão de gases prejudiciais à atmosfera são atitudes esperadas por parte das empresas e cobradas pelo cliente. Sustentabilidade, percebe-se, deixou de ser um processo praticado apenas por ativistas e se tornou quase compliance.

Já entendida como fonte do sucesso e sobrevivência dos negócios, a tal sustentabilidade passa a ser proeminente em políticas internas de trabalho e protagonistas em publicidade. Marcas como Mercado Livre, eBay, Amazon ou Netshoes passaram a divulgar suas iniciativas e até a divulgar relatórios periódicos com seus dados sobre o assunto.

Para além disso, ética e práticas saudáveis no ambiente de trabalho, respeito com funcionários e colaboradores e outras medidas positivas também entraram no radar do consumidor, sobretudo com a facilidade de registrar eventuais abusos, denunciar e reclamar.

Em resumo, o perfil do consumidor na Internet tem feito empresas andarem na linha. E o e-commerce está na linha de frente dessa atenção devido à sua exposição e ao fato de estar dentro da casa de praticamente todo consumidor, ao alcance de um clique.

O mundo mudou e, hoje, trocadilhos à parte, quem não age de acordo com a sustentabilidade não se sustenta. Analistas já associam as medidas à preferência popular e ao aumento de vendas. Verde, afinal, é a cor do dinheiro. Mas não se pode negar que, mesmo que o fim seja o lucro, todos lucramos em um mundo mais saudável.

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